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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O BRASIL NA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL


A participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial foi estabelecida em função de uma série de episódios envolvendo embarcações brasileiras na Europa. No mês de abril de 1917, forças alemãs abateram o navio Paraná nas proximidades do Canal da Mancha. Seis meses mais tarde, outra embarcação brasileira, o encouraçado Macau, foi atacado por alemães. Indignados, populares exigiram uma resposta contundente das autoridades brasileiras.
Na época, o presidente Venceslau Brás firmou aliança com os países da Tríplice Entente (Estados Unidos, Inglaterra e França), em oposição ao grupo da Tríplice Aliança, formada pelo Império Austro-húngaro, Alemanha e Império Turco-otomano. Sem contar com uma tecnologia bélica expressiva, podemos considerar a participação brasileira na Primeira Guerra bastante tímida. Entre outras ações, o governo do Brasil enviou alguns pilotos da Força Aérea, o oferecimento de navios militares e apoio médico.
Incumbidos de proteger o Atlântico de possíveis ataques de submarinos alemães, sete embarcações foram usadas na Primeira Guerra: dois cruzadores, quatro contratorpedeiros e mais um navio auxiliar. A pequena tripulação destes navios, mesmo tendo um papel breve, foi vítima da epidemia de gripe espanhola que assolou a Europa nesse período. A experiência de maior sucesso brasileiro no conflito aconteceu com os grupos enviados para lutarem ao lado de soldados franceses e britânicos.
Os brasileiros tiveram participação nos conflitos das tropas da frente ocidental e na região da Jutlândia. O mais conhecido caso de participação brasileira se refere ao militar José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque. Relatos contam que este militar foi responsável pelo comando de pelotões de cavalaria francesa e uma pequena unidade de tanques. A experiência por ele adquirida abriu portas para que, logo em seguida, o Brasil adquirisse seus primeiros carros blindados.
O apoio brasileiro teve muito mais presença com o envio de suprimentos agrícolas e matéria-prima procurada pelas nações em conflito. No Brasil, a Primeira Guerra teve implicações significativas em nossa economia. A retração econômica sofrida pelas grandes nações industriais européias abriu portas para que o parque industrial se desenvolvesse.

FONTE: http://www.brasilescola.com/

REVOLUÇÃO RUSSA

No século XIX, a Rússia era um enorme império que abrangia os mais diferentes grupos nacionais e tinha uma estrutura política controlada pelas mãos do czar, autoridade máxima da monarquia russa. Em seu extenso território, com mais de 22 milhões de quilômetros, mais de 80% da população vivia no campo subordinada ao poderio de uma nobreza detentora de terras. Nesse contexto, a Rússia era um país de características feudais sem visíveis condições para superar o seu atraso econômico. Em 1860, buscando aliviar as tensas condições de exploração que imperavam no campo, o czar Alexandre II resolveu abolir o sistema de servidão que tradicionalmente orientava as relações entre camponeses e latifundiários. Contudo, essa reforma política não foi suficiente para que os camponeses alcançassem uma vida melhor ou tivessem acesso às terras férteis. Paralelamente, o governo tentava introduzir um complicado processo de industrialização em uma economia com traços agrícolas. O parque industrial russo começou a ser formado a partir de uma política que permitiu a entrada de empresas estrangeiras interessadas em explorar as riquezas do país. Com isso, a modernização da economia russa não poderia prosseguir a passos largos tendo em vista a fuga de capitais ocasionada pelo interesse de empresas estrangeiras. Além disso, a chegada dessas empresas foi responsável por elaborar um grande contingente de trabalhadores urbanos submetidos a opressivas condições de trabalho. Dessa maneira, campo e cidade se tornaram diferentes pólos de um contexto em que as camadas populares tinham sua força de trabalho explorada e não possuía nenhum tipo de participação política. Em pouco tempo, idéias revolucionárias e antimonárquicas ganharam corpo em meio a esses trabalhadores. Diversas sociedades secretas formavam grupos de oposição que planejavam derrubar o governo e promover a renovação do país por meio de orientações políticas de caráter socialista e anarquista. Na década de 1880, as visíveis tensões sociais ganharam maior força com o atentado que assassinou o czar Alexandre II, em 1881, e o crescimento exponencial dos grupos revolucionários. No governo de Nicolau II, a situação da Rússia piorou sensivelmente. O novo rei tinha claras intenções de preservar a estrutura política centralizada e, com isso, enfrentou uma série de revoltas nas colônias que não mais aceitavam a colonização do Império Russo. No ano de 1898, as inquietações políticas das camadas populares ganharam maior expressão com a criação do Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR), que se tornou o principal palco de discussões sobre a situação política, econômica e social do país. Sendo duramente perseguido pelas autoridades governamentais, este partido realizou diversos congressos no interior com o intuito de discutir a condução do processo revolucionário russo.Dessas discussões surgiram duas diferentes orientações partidárias no interior do POSDR. De um lado, Georgy Plekanov e Yuly Martov lideravam a ala menchevique, defensora da ideia de que um governo democrático-burguês. Segundo os mencheviques, essa reforma no poder traria as condições necessárias para que o país superasse seu atraso econômico para só depois a revolução proletária acontecer. Em outra facção estavam os bolcheviques, grupo encabeçado por Vladmir Lênin, favorável à instalação de uma revolução proletária imediata. Esse outro grupo político acreditava que os trabalhadores russos deveriam ser organizados com o intuito de promover urgentemente todas as mudanças que um governo de orientação burguesa não teria o interesse de realizar. Dessa forma, o cenário político russo tomou diferentes orientações.
No início do século XX, os vários problemas que assolavam a Rússia tornavam cada vez mais urgentes a superação das dificuldades impostas por um governo autoritário. No entanto, desconsiderando as necessidades imediatas da população, o governo do czar Nicolau II resolveu envolver-se na disputa por zonas de ação imperialista para que dessa forma pudesse amenizar as dificuldades presentes. Com isso, em 1904, o governo russo declarou guerra aos japoneses com a intenção de controlar a região da Manchúria. O conflito, mais popularmente conhecido por Guerra Russo-Japonesa, acabou no ano seguinte sem atender os interesses do regime czarista. Derrotada, a nação russa viu sua crise econômica ganhar maiores proporções. Ainda durante o conflito militar contra os japoneses, as forças de oposição contra a monarquia se inflamou em meio à miséria e opressão intensificadas por uma economia débil e um cenário político despótico e conservador. Em dezembro de 1904, os trabalhadores da usina de Putilov, localizada em São Petesburgo (naquela época capital do governo czarista), decidiram elaborar um ofício reivindicando aos dirigentes da empresa melhores condições de trabalho. Em resposta, os proprietários da usina ignoraram completamente o pedido e demitiram todos os envolvidos com o ato. No início do ano seguinte, vários segmentos do operariado resolveram organizar uma manifestação reivindicando melhorias a todos os trabalhadores. Os manifestantes organizados pelo padre Gapon participaram de uma pacífica passeata, rumo ao Palácio de Inverno, local onde ofereceriam ao czar Nicolau II uma petição contendo diversas reformas sociais, políticas e econômicas. Contudo, as tropas oficiais abriram fogo contra os participantes, ceifando a vida de vários trabalhadores. O trágico episódio ficou conhecido como “Domingo Sangrento” e, em seguida, serviu para que várias rebeliões de camponeses e operários se espalhassem pelo território russo. Naquele mesmo ano, um dos mais expressivos levantes que aconteceram contra o governo mobilizou os marinheiros do Encouraçado Potemkin. A tensão causada a partir daquele levante forçou o governo russo a desistir da Guerra Russo-Japonesa, ao assinar o Tratado de Portsmouth. Nesse acordo, os russos foram obrigados a reconhecer a soberania japonesa nos territórios da Coréia; e entregar partes dos territórios da Ilha de Sacalina e da Península de Liaotung.Pressionado com tantas revoltas, o czar Nicolau II prometeu um amplo conjunto de reformas em um documento conhecido como “Manifesto de Outubro”. Entre outros pontos, o monarca se comprometeu a garantir as liberdades civis e promover a reforma agrária no país. Além disso, instituiu a criação de uma monarquia constitucional que dividiu os poderes com a Duma, assembléia de representantes populares que deveria criar uma nova constituição no país. Entretanto, o conservadorismo do czar transformou a assembléia russa em uma instituição tolhida pelos amplos poderes garantidos ao rei. Para isso, Nicolau II utilizou do voto censitário para que somente os representantes das tradicionais elites nacionais pudessem adentrar o recém-criado poder legislativo. Paralelamente, os movimentos populares começaram a tomar maior volume com a consolidação dos sovietes, espécie de conselhos populares onde se discutiam a ação política das classes subalternas. Com isso, as pretensões de mudança na Rússia ainda se mostravam latentes mesmo depois das ações empreendidas pelo próprio governo czarista. As reformas e o autoritarismo pareciam não exprimir com grande eficácia as diversas demandas da população russa. A ausência de ações de efeito por parte da falsa monarquia constitucional e o crescimento das tendências políticas revolucionárias constituiu os pilares das revoluções que tomaram o país doze anos mais tarde.
A partir de fevereiro de 1917, os rumos tomados pelo novo contexto político russo tomariam outros destinos. O governo provisório não abriu portas para que os sovietes tivessem participação plena nas decisões políticas a serem tomadas. Mesmo sendo a grande força de transformação política do período, o novo governo tomou medidas alheias aos anseios presentes em tais unidades de participação política popular. Além do insucesso nos projetos de recuperação da economia interna, o governo provisório de fevereiro optou pela manutenção das tropas russas na Primeira Guerra Mundial. Tais fatos contribuíram para que a tendência à postura política tomada por Lênin ganhasse força. De acordo com esse revolucionário, a Rússia só poderia engendrar eficazmente as transformações necessárias no momento em que os sovietes controlassem diretamente o governo. Durante a Terceira Conferência de Comitês de Fábrica de Toda a Rússia, a maioria dos sovietes se mostrava completamente aliada a essa ideia de uma nova tomada do poder. No dia 25 de outubro de 1917, o soviete de Petrogrado promoveu uma insurreição organizada pelo seu Comitê Militar Revolucionário. O levante obteve sucesso e, dessa forma, Lênin passou a comandar o governo dos comissários do povo. A partir de então, o Partido Bolchevique passaria a controlar as cartas desse processo de transformação. A ascensão desse novo governo abriu caminho para a ocorrência de movimentos de independência nos domínios da antiga Rússia czarista. Na Finlândia e na Ucrânia, movimentos de independência selaram o caso da subordinação às autoridades russas. Pouco interessado em se desgastar em mais lutas, as lideranças bolcheviques cederam à pressão das nações dissidentes e se voltaram à resolução dos problemas internos. De imediato, o governo bolchevique lançou decretos que tratavam das questões referentes à paz, a distribuição de terras, os limites dos órgãos de comunicação e os direitos da população civil e militar. O poder de ação política dos sovietes foi notório e o Congresso Pan-Russo tratava de garantir o direito de participação popular por meio do Conselho Executivo e do Conselho dos Comissários do Povo. No plano externo, o novo governo russo teve que aceitar as deploráveis condições do Tratado de Brest-Litovski para sair da Primeira Guerra Mundial. Os países aliados acabaram dominando um quarto da população e das terras férteis da Rússia. Além disso, uma guerra civil se iniciaria contra os bolcheviques. Tropas estrangeiras e setores burgueses e conservadores da Rússia apoiavam a oposição militar à ditadura de trabalhadores. Com isso, teve início uma sangreta guerra civil entre os exércitos vermelho (revolucionários) e branco (anti-socialistas). Contrariando a situação de penúria dos exércitos vermelhos, a guerra civil foi vencida pelos partidários do novo governo bolchevique. A partir de então, o novo governo revolucionário teria condições mais amplas e favoráveis para, enfim, enfrentar batalhas muito mais duras nos campos social e econômico. No ano de 1918, uma série de atos legislativos pretendiam tomar medidas em relação ao trabalho, salário e às condições de vida dos trabalhadores. O sistema judiciário foi reformulado com uma nova lógica de prescrições que, no máximo, atingiam a pena de cinco anos de detenção. Em cárcere, os detentos passavam a frequentar escolas que recuperassem os criminosos. De modo geral, a Revolução de Outubro abriu portas para o período de recuperação vislumbrado pela estrutura democrática garantida junto ao pragmatismo de Lênin. As novas ações de seu governo trariam a reoganizaçao de uma nova Rússia capaz de transformar sua realidade. No entanto, a morte de Lênin trouxe à tona uma nova questão definidora aos destinos dessa revolução.
A morte de Vladmir Lênin, em 1924, promoveu uma intensa agitação política no interior do Partido Comunista Russo. Afinal de contas, qual seria a liderança capaz de dar prosseguimento às conquistas iniciadas em 1917? Nessa época, dois participantes do processo revolucionário disputaram o governo prestigiando diferentes perspectivas de ação política. De um lado estava Leon Trótski, segundo homem da revolução com destacado papel militar; do outro Joseph Stálin, secretário-geral do Partido Comunista.Trotsky acreditava que o ideário da revolução deveria ser propagado para outras nações, transformando a experiência russa no início de uma “revolução permanente”. Em contrapartida, Stálin tinha o objetivo de concentrar seu governo nas questões internas da Rússia, promovendo o “socialismo em um só país” e, só depois disso, promover a expansão revolucionária em outras partes do mundo. Em 1924, após a convenção comunista, os líderes bolcheviques optaram pelas propostas de Joseph Stálin. Inconformado, Trotsky começou a apontar as falhas e riscos que o regime stalinista ofereceria ao processo revolucionário. Em contrapartida, Stálin empreendeu a subordinação dos sovietes às diretrizes do Partido Comunista. Paralelamente, criou mecanismo de repressão política com a criação da GPU, polícia política encarregada de combater os críticos de seu governo. Tendo seus poderes ampliados, Stálin prendeu, exilou e executou todos os seus opositores. Depois de ser condenado ao exílio, Trotsky continuava a criticar as ações stalinistas, acusando o novo líder russo de ter “prostituído o marxismo”. Mesmo fora de seu país, Trotski foi perseguido como uma séria ameaça aos planos stalinistas. Em 1940, um agente da GPU deu fim às contundentes críticas troskistas ao assassinar o incendiário intelectual no México. Com isso, o poder de Stálin não teria dificuldades à definitiva ampliação dos poderes do Estado soviético. A política econômica de Stálin empreendeu a coletivização das propriedades agrárias com a criação dos sovkhozes (propriedades estatais) e os kolkhozes (propriedades coletivas). Além disso, incentivou o desenvolvimento de indústria de base a partir do financiamento dos setores de educação e tecnologia. Tais ações eram orientadas pelos chamados planos qüinqüenais, que orientavam em médio prazo as diretrizes essenciais da economia russa. No campo da política externa, Stálin recebeu apoio internacional de diversos partidos comunistas espalhados pelo mundo. Com isso, as diretrizes políticas dos movimentos comunistas de várias nações foram orientadas pelo “Komintern”, congresso que discutia as questões do comunismo internacional. Em 1934, a entrada da União Soviética na Liga das Nações indicou o reconhecimento político das nações capitalistas. No contexto da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), o regime stalinista teve que combater a oposição dos regimes nazi-fascistas contrários ao comunismo e o socialismo. Tendo decisiva participação nos destinos deste conflito internacional, o governo soviético se consolidou no cenário político estabelecendo várias zonas de influência política, ideológica e econômica com a instalação da ordem bipolar.




domingo, 30 de agosto de 2009

A REVOLUÇÃO FRANCESA

A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza.
A França era um país absolutista nesta época. O rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à guilhotina.A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social, estava o clero que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, estava a nobreza formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como já dissemos, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior era a condição de vida dos desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas.A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava uma participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho.
A Revolução Francesa: A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa. O lema dos revolucionários era " Liberdade, Igualdade e Fraternidade ", pois ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francês. Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793. O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução. No mês de agosto de 1789, a Assembléia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos "iguais" aos cidadãos, além de maior participação política para o povo.
Girondinos e Jacobinos: Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com opiniões diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Por outro lado, os jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres.
A FASE DO TERROR: Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas nacionais. Estas, recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados a morte neste período. A violência e a radicalização política são as marcas desta época. Com a implantação do governo burguês, em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês.

FONTE: A Era das Revoluões ( 1789-1848 )/ Eric Hobsbawm


A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-1918)


Antecedentes: Vários problemas atingiam as principais nações europeias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra.
Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se armar mais do que o outro.
Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região perdida.
O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.
O início da Grande Guerra: O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia.
Política de Alianças: Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido.
O Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente.
As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos destes soldados. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra, submarinos, armas quimicas, tanques, e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas.
Fim do conflito: Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância : a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada, perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial.
A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos, arrasou campos agrícolas, destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos econômicos.

FONTE: Era dos Extremos. O breve Século 20 (1914-1991)/ Eric Hobsbawm.


" PRÉ - HISTÓRIA"

Podemos definir a "pré-história" como um período anterior ao aparecimento da escrita. Portanto, esse período é anterior há 4000 a.C, pois foi por volta deste ano que os fenícios desenvolveram a escrita cuneiforme.
Foi uma importante fase, pois o ser humano conseguiu vencer as barreiras impostas pela natureza e prosseguir com o desenvolvimento da humanidade na Terra. O ser humano foi desenvolvendo, aos poucos, soluções práticas para os problemas da vida. Com isso, inventando objetos e soluções a partir das necessidades. Ao mesmo tempo foi desenvolvendo uma cultura muito importante. Esse período pode ser dividido em três fases: Paleolítico, Mesolítico e Neolítico.
Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada: Nesta época, o ser humano habitava cavernas, muitas vezes tendo que disputar este tipo de habitação com animais selvagens. Quando acabavam os alimentos da região em que habitavam, as famílias tinham que migrar para uma outra região. Desta forma, o ser humano tinha uma vida nômade (sem habitação fixa). Vivia da caça de animais de pequeno, médio e grande porte, da pesca e da coleta de frutos e raízes. Usavam instrumentos e ferramentas feitos a partir de pedaços de ossos e pedras. Os bens de produção eram de uso coletivo.
Paleolítico; Nesta fase, os seres humanos se comunicavam com uma linguagem pouco desenvolvida, baseada em pouca quantidade de sons, sem a elaboração de palavras. Uma das formas de comunicação eram as pinturas rupestres. Através deste tipo de arte, o ser humano trocava idéias e demonstrava sentimentos e preocupações cotidianas.
Mesolítico: Neste período intermediário, o ser humano conseguiu dar grandes passos rumo ao desenvolvimento e à sobrevivência de forma mais segura. O domínio do fogo foi o maior exemplo disto. Com o fogo, o ser humano pôde espantar os animais, cozinhar a carne e outros alimentos, iluminar sua habitação além de conseguir calor nos momentos de frio intenso. Outros dois grandes avanços foram o desenvolvimento da agricultura e a domesticação dos animais. Cultivando a terra e criando animais, o homem conseguiu diminuir sua dependência com relação a natureza. Com esses avanços, foi possível a sedentarização , pois a habitação fixa tornou-se uma necessidade. Neste período ocorreu também a divisão do trabalho por sexo dentro das comunidades. Enquanto o homem ficou responsável pela proteção e sustento das famílias, a mulher ficou encarregada de criar os filhos e cuidar da habitação.
Neolítico ou idade da Pedra Polida: Nesta época o homem atingiu um importante grau de desenvolvimento e estabilidade. Com a sedentarização, a criação de animais e a agricultura em pleno desenvolvimento, as comunidades puderam trilhar novos caminhos. Um avanço importante foi o desenvolvimento da metalurgia. Criando objetos de metais, tais como, lanças, ferramentas e machados, os homens puderam caçar melhor e produzir com mais qualidade e rapidez. A produção de excedentes agrícolas e sua armazenagem, garantiam o alimento necessário para os momentos de seca ou inundações. Com mais alimentos, as comunidades foram crescendo e logo surgiu a necessidade de trocas com outras comunidades. Foi nesta época que ocorreu um intenso intercâmbio entre vilas e pequenas cidades. A divisão de trabalho, dentro destas comunidades, aumentou ainda mais, dando origem ao trabalhador especializado.
FONTE: Revita Enciclopédias Mytos, número 1.


sábado, 29 de agosto de 2009

ILUSÃO DA AUTONOMIA

Para Foucault, comportamentos considerados normais seriam ditados por regras impostas pela sociedade e internalizadas como padrão. Foucault percebe que o modelo prisional, analisado e classificado como disciplinar, não era exclusivo dos presídios, mas constituía uma marca da sociedade moderna (para ele, os séculos 19 e 20). O filósofo compara seus mecanismos de funcionamento ao modelo adotado nas escolas, nas empresas, nas clínicas psiquiátricas, no exército, entre outros estabelecimentos sociais
Assim como o preso, o aluno tem o espaço determinado da sua carteira, o tempo programado de cada aula é vigiado pelos professores e funcionários da escola e tem atividades previstas. O mesmo ocorre com o empregado de uma empresa. Para Foucault, a característica das instituições modernas é o controle minucioso do tempo dos gestos e da força dos indivíduos em um espaço determinado, explica Márcio Alves da Fonseca, professor do departamento de filosofia do PUC-SP. E o efeito desse mecanismo é a "padronização das acões dos indivíduos em suas diversas realizações". escreve Fonseca no artigo Foucault e o domínio do politizável.
Como cada individuo está vinculado a um lugar determinado, tem suas atividades previstas e atreladas às frações de tempo e é vigiado de forma contínua, ocorre uma composição das forças individuais, o que é destinado à produção de algo esperado. "Trabalho na empresa, conhecimento na escola", exemplifica Fonseca. " Todo esse controle é produtor. Ao compor essas forças, consegue-se um aparelho produtivo". Para isso, cada indivíduo passa a fazer parte de uma engrenagem, deixa de ser abordado nele mesmo (o indivíduo) e se torna parte de um todo produtivo.

FONTES: Revista Ciência e Vida, Ano I, Número 5; Vigiar e Punir/Michel Foucault.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

HISTÓRIA DO EGITO ANTIGO

A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio Nilo) entre 3200 a.C (unificação do norte e sul) a 32 a.c (domínio romano).
Como a região é formada por um deserto (Saara), o rio Nilo ganhou uma extrema importância para os egípcios. O rio era utilizado como via de transporte (através de barcos) de mercadorias e pessoas. As águas do rio Nilo também eram utilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens, nas épocas de cheias, favorecendo a agricultura.
A sociedade egípcia estava dividida em várias camadas, sendo que o faraó era a autoridade máxima, chegando a ser considerado um deus na Terra. Sacerdotes, militares e escribas (responsáveis pela escrita) também ganharam importância na sociedade. Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por camponeses, artesãos e pequenos comerciantes. Os escravos também compunham a sociedade egípcia e, geralmente, eram pessoas capturadas em guerras.Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenas água e comida.
A escrita egípcia também foi algo importante para este povo, pois permitiu a divulgação de idéias, comunicação e controle de impostos. Existiam duas formas principais de escrita: a demótica (mais simplificada) e a hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos). As paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a vida do faraó, rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de papel chamado papiro, que era produzido a partir de uma planta de mesmo nome, também era utilizado para registrar os textos.
A economia egípcia era baseada principalmente na agricultura que era realizada, principalmente, nas margens férteis do rio Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e o artesanato. Os trabalhadores rurais eram constantemente convocados pelo faraó para prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas (canais de irrigação, pirâmides, templos, diques).
A religião egípcia era repleta de mitos e crenças interessantes. Acreditavam na existência de vários deuses (muitos deles com corpo formado por parte de ser humano e parte de animal sagrado) que interferiam na vida das pessoas. As oferendas e festas em homenagem aos deuses eram muito realizadas e tinham como objetivo agradar aos seres superiores, deixando-os felizes para que ajudassem nas guerras, colheitas e momentos da vida. Cada cidade possuía deus protetor e templos religiosos em sua homenagem.Como acreditavam na vida após a morte, mumificavam os cadáveres dos faraós colocando-os em pirâmides, com o objetivo de preservar o corpo. A vida após a morte seria definida, segundo crenças egípcias, pelo deus Osíris em seu tribunal de julgamento. O coração era pesado pelo deus da morte, que mandava para uma vida na escuridão aqueles cujo órgão estava pesado (que tiveram uma vida de atitudes ruins) e para uma outra vida boa aqueles de coração leve. Muitos animais também eram considerados sagrados pelos egípcios, de acordo com as características que apresentavam : chacal (esperteza noturna), gato (agilidade), carneiro (reprodução), jacaré (agilidade nos rios e pântanos), serpente (poder de ataque), águia (capacidade de voar), escaravelho (ligado a ressurreição).
A civilização egípcia destacou-se muito nas áreas de ciências. Desenvolveram conhecimentos importantes na área da matemática, usados na construção de pirâmides e templos. Na medicina, os procedimentos de mumificação, proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.
No campo da arquitetura podemos destacar a construção de templos, palácios e pirâmides. Estas construções eram financiadas e administradas pelo governo dos faraós. Grande parte delas eram erguidas com grandes blocos de pedra, utilizando mão-de-obra escrava. As pirâmides e a esfinge de Gizé são as construções mais conhecidas do Egito Antigo.

FONTE: Hitória do Mundo ,capítulo 11/V. Diacov e S. Covalev, 1965.


TEMPOS MODERNOS (1936-CHARLES CHAPLIN)


Trata-se do último filme mudo de Chaplin, que focaliza a vida urbana nos Estados Unidos na década de 1930, imediatamente após a crise de 1929, quando a depressão atingiu toda sociedade norte-americana, levando grande parte da população ao desemprego e à fome. A figura central do filme é Carlitos, o personagem clássico de Chaplin, que ao conseguir emprego numa grande indústria, transforma-se sem querer em líder grevista conhecendo uma jovem, por quem se apaixona. O filme focaliza a vida na sociedade industrial caracterizada pela produção com base no sistema de linha de montagem e especialização do trabalho. É uma crítica a "modernidade" e ao capitalismo representado pelo modelo de industrialização, onde o operário é engolido pelo poder do capital e perseguido por suas idéias "subversivas".



O ENCURAÇADO POTEMKIM (1925-SERGEI EISENSTEIN)

O Filme retrata a Revolução de 1905 na Rússia Czarista. País atrasado que iniciava seu desenvolvimento industrial graças aos investimentos estrangeiros, possuía um governo autocrático, com o poder centralizado nas mãos do Czar. Apesar de não possuir uma estrutura imperialista, seu comportamento em nível de política externa se assemelhava ao das grandes potências, ou seja, procurava conquistar mercados, colonizando-os. A tentativa de ocupar a Manchúria determinou o início da Guerra Russo-japonesa, que representou um desastre para a já combalida economia russa. Nesse contexto é que encontramos as grandes manifestações da época, como o "Domingo Sangrento", a formação dos sovietes e a revolta dos marinheiros no porto de Odessa.A história que está sendo contada é emocionante: em 1905, marinheiros de um navio do Czar rebelam-se contra a tirania de seus comandantes e assumem o controle do Potemkin. A população de Odessa apoia a revolta.



ANALFABETO POLÍTICO

O Analfabeto Político"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil, que da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo." Nada é impossível de Mudar". Desconfiai do mais trivial, na aparência singela. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar."
AUTOR: Bertolt Brecht

QUEM FOI JEAN PIAGET ?


Jean Piaget nasceu em Neuchâtel Suíça, e viveu de (1896-1980), foi o nome mais influente no campo da Educação durante a segunda metade do século 20, a ponto de quase se tornar sinônimo de pedagogia. Não existe, entretanto, um método Piaget, como ele próprio gostava de frisar. Ele nunca trabalhou como pedagogo. Antes de mais nada, Piaget foi biólogo e dedicou a vida a submeter à observação científica rigorosa o processo de aquisição do conhecimento pelo ser humano, particularmente a criança.

Do estudo das noções infantis de tempo, espaço, causalidade física, movimento e velocidade, Piaget criou um campo de investigação que denominou como conhecimento genético, isto é, uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança. Segundo ele, o pensamento infantil passa por quatro estágios, desde o nascimento até o início da adolecência, quando a capacidade plena de raciocínio é atingida

As descobertas de Piaget tiveram grande impacto na pedagogia, mas, de certa maneira, demonstraram que a transmissão de conhecimentos é uma possibilidade limitada. Por um lado, não se pode fazer uma criança aprender aquilo que ela não tem condições de absorver. Por outro, mesmo tendo essas condições, não vai interessar-se pelo conhecimento, a não ser que tenha vinculo com a sua realidade.

Isso porque, para o cientista suíço, o conhecimento se dá por descobertas que a própria criança faz, um mecanismo que outros pensadores já haviam imaginado, mas ele testou essas ideias na prática. Vem de Piaget a ideia de que o aprendizado é construído pelo aluno. Educar, para Piaget, é "provocar a atividade", isto é, estimular a procura do conhecimento.

ASSIMILAÇÃO E ACOMODAÇÃO: Com Piaget, ficou claro que as crianças não raciocinam como os adultos e apenas gradualmente se inserem nas regras, valores e símbolos. Esse processo se dá mediante a dois mecanismos: assimilação e acomodação.

O primeiro consiste em incorporar objetos do mundo exterior a esquemas mentais que já existem. Por exemplo: a criança que tem a ideia mental de uma ave como animal voador, com penas e asas, ao observar um avestruz vai tentar assimilá-lo a um esquema que não corresponde totalmente ao conhecido. Já a acomodação se refere a modificação dos sistemas de assimilação por influência do mundo externo. Assim, depois de aprender que um avestruz não voa, a criança vai adaptar seu conhecimento "geral" de ave para incluir as que não voam.

ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO: Um conceito essencial do conhecimento genético é o egocêntrismo, que explica o caráter mágico e pré-lógico do raciocínio infantil. A maturação do pensamento rumo ao domínio da lógica consiste no abandono gradual do egocêntrismo. Com isso se adquire a noção de responsabilidade individual, indispensável para a autonomia moral da criança.

Segundo Piaget, há quatro estágios básicos para do desenvovimento cognitivo. O primeiro é o estágio sensório-motor, que vai até os 2 anos. Nessa fase, as crianças adquirem a capacidade de administrar seus reflexos básicos para que gerem ações prazerosas ou vantajosas. É um período anterior a linguagem, no qual o bebê desenvolve a percepção de si mesmo e dos objetos a sua volta.

O estágio pré-operacional vai dos 2 aos 7 e se caracteriza pelo surgimento da capacidade de dominar a linguagem e a representação do mundo por meio de símbolos. A criança continua egocêntrica e ainda não é capaz, moralmente, de se colocar no lugar de outra pessoa.

O estágio das operações concretas, dos 7 aos 11 ou 12 anos, tem como marca a aquisição da noção de reversibilidade das ações. Surge a lógica nos processos mentais e a habilidade de diferenciar objetos por semelhanças e diferenças. A criança já pode dominar conceitos de tempo e número.

Por volta do 12 anos começa o estágio das operações formais. Essa fase marca a entrada na idade adulta, em termos cognitivos. O adolecente passa a ter o domínio do pensamento lógico e dedutivo, o que o habilita à experimentação mental. Isso implica, entre outras coisas, relacionar conceitos abstratos e raciocinar sobre hipóteses.

FONTE: Revista nova escola, edição especial, número 25.


quinta-feira, 27 de agosto de 2009

OUTUBRO (1927-SERGEI EISENSTEIN)


Conhecer a Obra de Sergei Eisenstein, é um dever de qualquer amante ou estudioso da arte chamada cinema, pois além de conter um grande material político histórico, as obras de Eisenstein são verdadeiras aulas de edição e montagem realizadas a partir de uma época áurea da revolução bolchevique até a ditadura implantada por Stalin. O filme aqui comentado é Outubro, um filme sobre a Revolução de Outubro de 1917 realizado em vistas da comemoração do seu décimo aniversário. Para a produção, Eisenstein contou com abundantes recursos e com toda a infra-estrutura de que necessitou. O Palácio de Inverno ficou a sua disposição durante meses e, como havia racionamento de energia, a cidade de Leningrado teve que permanecer sem luz durante várias noites em função do filme.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

CINEMA SURREAL

Quando falamos do Surrealismo movimento que surgiu na década 1920 inicialmente em Paris , sempre citamos às obras do pintor Salvador Dalí. Mas esquecemos que também existe o cinema surreal. O que vocês assistirão é um trecho do filme "Um Cão Andaluz".
Com apenas 17 minutos de duração, "Um Cão Andaluz" é considerado um dos filmes mais chocantes, surpreendentes e revolucionários da história do cinema. O filme de estreia do cineasta espanhol Luis Buñuel, em parceria com Salvador Dali, foi realizado na França, em 1928 e fez parte da eclosão do movimento surrealista, cujos princípios fundamentais eram a contestação dos valores burgueses, a abolição da lógica cartesiana na produção artística e a denúncia do absurdo das instituições (Estado, Igreja, etc.) que exprimiam preocupações com a moral e as convenções e, ao mesmo tempo, consentiam com o envio de milhares de homens para a morte nos campos de batalha. Esse filme é constituído de uma série de sequências de cenas absurdas e sem ligação aparente, como em um sonho a se fundir com a realidade.


segunda-feira, 24 de agosto de 2009

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL


A Revolução industrial consolidou o sistema capitalista. Diversos fatores contribuíram para a Inglaterra nesse processo, sobre tudo a acumulação de capitais ocorrida entre os séculos 16 e 18.

Nessa época a Coroa britânica estimulava o ataque de corsários (piratas legalizados) às embarcações espanholas carregadas de metais preciosos, o que constituía importante fonte de riquezas.

A assinatura do Tratado de Methuen (conhecido por Tratado de Panos e Vinhos) com Portugal em 1703 também contribuiu para acumulação primitiva de capitais por parte da Inglaterra. De acordo com esse tratado os ingleses forneciam tecidos a Portugal, que pagava com ouro extraído de Minas Gerais. Todo o lucro obtido com essas exportações foi investido na indústria.

Outros fatores que geraram capitais foram a exploração colonial, a produção de manufaturados e as práticas protecionistas, como cobrança de impostos alfandegários sobre produtos importados.

Enriquecida a burguesia inglesa conquistou mais poder político, principalmente após a Revolução Gloriosa, que lhe garantiu participação no Parlamento. Para defender seus interesses, era adepta do liberalismo econômico, conjunto de práticas que estimulavam a livre concorrência, e a não interferência do Estado na economia.

A ORIGEM DA MÃO-DE-OBRA INDUSTRIAL: No século 17, o governo inglês realizou os cercamentos. Os novos donos das antigas terras comunais utilizaram-nas para criar ovelhas, atividade que exigia menos trabalhadores do que a agricultura. Pode-se afirmar, portanto, que os cercamentos o desemprego no campo e o êxodo rural.

As massas de desempregados enfrentavam duras condições de vida e leis que recomendavam severas punições aos que fossem apanhados mendigando pelas estradas, acusados de vadiagem, deveriam ser marcados com ferro em brasa ou chicoteados. Com a crescente industrialização do século 18, parte desses desempregados foi absorvida como mão-de-obra assalariada nas fábricas. O filósofo alemão Karl Marx, na obra O Capital, assim descreve as consequências sociais dos cercamentos na Inglaterra: "o povo agrícola primeiro foi expropriado da terra à força, expulso das suas casas, lançado para a vagabundagem, e depois chicoteado, marcado com ferro, torturado por leis grotescamente terríveis, até estar disciplinado para o sistema do trabalho assalariado".

Nas cidades, esses trabalhadores foram constituindo uma nova camada social, o proletáriado, submetida à exploração da burguesia industrial (camada que detinha o capital, as máquinas e as matérias-primas).

Capitalistas x proletários, novas relações sociais: Até a Revolução Industrial, o sistema produtivo era baseado no artesanato doméstico e na manufatura. Nas atividades artesanais, o próprio dono das matérias-primas e das ferramentas de trabalho realiza todas etapas da produção; um tecelão por exemplo, criava e tosquiava suas ovelhas, tecia e tingia a lã, confeccionava mantas e casacos. O preço do produto era determinado por ele, a partir de sua habilidade no ofício, o tempo gasto na produção e do domínio das técnicas.

Com o objetivo de baratear e aumentar a produção, alguns burgueses investiram seu capital em outra maneira de produzir a manufatura.Agora os artesãos de um mesmo ofício passavam a trabalhar para o dono da manufatura, um capitalista, que ficava com a maior parte dos lucros. Cada trabalhador exercia uma tarefa na produção, ou seja, passou a haver a Divisão do Trabalho.

Com a Revolução Industrial, as relações de produção se transformaram. Consolidou-se o trabalho assalariado e aprofundaram-se as desigualdades sociais. O proletariado, composto de ex-camponeses e ex-artesãos, não tinham alternativa senão vender sua força de trabalho à burguesia capitalista, proprietária das fábricas, das matérias-primas, das máquinas e da produção.

Como havia muitos desempregados nas cidades, os capitalistas impuseram condições desumanas. As jornadas de trabalho variavam entre 14 e 16 horas por dia; as instalações das fábricas, mal iluminadas e pouco ventiladas, ficavam praticamente ocupadas pelo maquinário, sem espaço para circulação. O manuseio das máquinas exigia muita atenção, qualquer descuido poderia resultar em graves acidentes, como a mão decepada no tear, o braço esmagado na prensa ou o rosto queimado na fornalha.

Os patrões preferiam empregar mulheres e crianças porque, além de receber salário menor que os homens, tinham mais facilidade para se movimentar nos poucos espaços livres entre as máquinas.

Nas minas de carvão, os mineiros trabalhavam por longos períodos e recebiam baixos salários.Estavam sujeitos a soterramento, a doenças respiratórias por falta de ventilação e por causa da umidade nas galerias subterrâneas.

Assista agora um trecho do filme Germinal, dirigido por Émile Zola que faz uma representação muito boa, sobre as condições de vida dos mineradores na França no período da Revolução Industrial

Fontes: Hitória da riqueza do homen/Leo Huberman; Coleção navegando pela História; O nascimento das fábricas /Edgar de Decca


BAILE PERFUMADO

Amigo íntimo do Padre Cícero, o mascate libanês Benjamin Abrahão decide filmar Lampião e todo seu bando, pois acredita que este filme o deixará muito rico. Após alguns contatos iniciais ele conversa diretamente com o famoso cangaceiro e expõe sua ideia, mas os sonhos do mascate são prejudicados pela ditadura do Estado Novo.
CONTEXTO HITÓRICO: Estrangeiro jeitoso e falante, Abrahão conheceu logo o Padim Padre Cíço dos cangaceiros e coronéis, e se tornou, com o tempo, nada menos que o seu "secretário para assuntos internacionais". Na louca Juazeiro das fanáticas multidões, passava pela cabeça do Padim Cíço a possibilidade de ter assuntos de "relações exteriores" para tratar.Foi nessa condição que Abrahão tem a sorte de testemunhar, na verdade, as relações conflitadas no próprio sertão, quando, numa clara manhã de Março de 1926, o cangaceiro Lampião e mais 49 cabras da peste entraram na cidade das rezas (Juazeiro do Norte - CE).
Quero fazer uma observação preste atenção na trilha sonora do filme é muito boa !

Direção: Paulo Caldas e Lírio Ferreira




sábado, 22 de agosto de 2009

IMPERIALISMO:A COMPETIÇÃO ENTRE AS NAÇÕES INDUSTRIAIS


Na segunda metade do século 19 ocorreu a expansão industrial na Europa, especialmente na Inglaterra, na Alemanha e na França. Esse processo foi estimulado pelo desenvolvimento tecnológico do período, visível na descoberta e na utilização da eletricidade e do petróleo como fontes de energia e na criação de matérias-primas e tecidos sintéticos produzidos nas indústrias químicas. Ao mesmo tempo, foram feitos investimentos estatais e privados no setor de transportes, como construção de estradas de ferro, aberturas de portos e canais e, consequentemente, construções de navios a vapor mais rápidos e seguros para facilitar o escoamento da produção e baratear os custos.
Com isso houve a nessecidade de haver regras para extração de matérias-primas, que começou a partir de 1876, quando Leopoldo II, rei da Bélgica,transformou a região africana do Congo em seu domínio pessoal iniciou " a exploração desvairada da região sem nenhuma preocupação com a população local", segundo afirma a Historiadora Laima Mesgravis.
Leopoldo II justificava o controle sobre a região africana com maciça propaganda em que a ação belga era valorizada por ser considerada necessária ao desenvolvimento cultural, econômico e social dos congoleses.
Para facilitar a dominação, uma das estratégias mais utilizadas pelos países imperialistas na África era a de se aproveitar da diversidade cultural da nações africanas e acentuar as rivalidades preexistentes entre elas; ao guerrearem entre , as próprias aldeias acabaram provocando um verdadeiro genocídio de povos africanos.
Em troca de apoio político local, os europeus aliavam-se a alguns chefes tribais prometendo-lhes, e a seus povos, benefícios e privilégios em relação às demais nações.
Assim, na maioria das regiões dominadas, a população nativa foi obrigada a se submeter aos desmandos de chefes tribais corrompidos pelos interesses estrangeiros.
Sobre a dominação imperialista no continente africano, o historiador Héctor Bruit fez a seguinte análise: " A África foi, provavelmente, o continente que mais sofreu com a devastadora ação do imperialismo, talvez porque fosse o mais fraco ou , ao contrário como aconteceu em algumas áreas de resistência que opôs significou um esmagamento maior. Em todo caso, foi o único continente a ser dividido sem que se respeitasse a unidade linguística e cultural de seus povos(...)".
Na Ásia,a partilha ampliou os conflitosexistentes entre os países europeus: Inglaterra, França, Alemanha, Holanda e Bélgica, e envolveu também Estados Unidos e Rússia. Caracterizou-se pela exploração de produtos agrícolas e artesanais a baixo custo e pelo interesse em ampliar os mercados consumidores, um vez que os governos locais dificultavam o comércio com os países ocidentais( caso, principalmente, da China e do Japão).
As exigências dos países imperialistas sobre os governos asiáticos consistiam em obter acesso aos portos e ás regiões do interior para desenvolver as relações de comércio internacional. Para isso propunham a construção de ferrovias, estrada de rodagem, e a venda de maquinários ocidentais.

A Índia e a China foram os países asiáticos que mais despertaram a cobiça estrangeira. A Índia esteve sob domínio britânico entre 1750 e 1947: inicialmente com governo próprio e como aliada econômica; a partir de 1876, como possessão oficial, o que na prática representou a perda da autonomia política (a rainha Vitória, da Inglaterra, chegou a ser coroada imperatriz da Índia, assim como seu sucessor Eduardo VII).

Na China era disputada pro diversos países porque representava significativo mercado consumidor (estimativa apontam para uma população de 500 milhões de habitantes no final do século 19) e por ser considerado um vasto território para investimentos em transportes e indutrialização.

Uma das estratégias para vencer o governo chinês foi estimular entre a população o consumo generalizado de ópio, droga extraída da papoula e utilizada no país para fins medicinais. O produto vinha da Índia e era revendido por comerciantes ingleses; a crescente dependência química da população chinesa provocou a proibição do uso da droga que era contranbandeada pelos ingleses. Como a medida contrariava os interesses econômicos da Inglaterra , em 1840 foi declarada a Guerra do Ópio, que se prolongaria em sucessivas etapas por quase vinte anos e acabaria envolvendo outros países, como França e Estados Unidos. Isso pode ser comprovado com um documento oficial proveniente do governo da rainha Vitória, citado pelo historiador Panikkar:

"Quando vemos que a cultura do ópio nos territórios da Companhia das Índias Orientais é um monopólio estrito, que a droga é vendida pelo governo da Índia nos mercados públicos e que sua destinação é tão conhecida que em 1837 o conselho diretor das Índias Orientais prometeu publicamente grandes prêmios aos navios que se dirigissem à China naquele ano quando constatamos que as comissões da Câmara dos lordes e da Câmara dos comuns interessaram-se minuciosamente pela cultura do ópio, pelo total de rendas que ela trazia à Índia, e que, sabendo perfeitamente qual seria sua destinação final, hesitariam em concluir que parecia conveniente abandonar uma fonte de renda tão importante... Quando, ainda mais, sabemos que o Ministério da Índia, presidido por um membro do gabinete, controla completamente a Companhia das Índias Orientais e tem toda liberdade de impedir o que ela não aprova, devemos confessar que seria mais injusto lançar a censura ou o desprezo ligados ao comércio do ópio sobre os mercadores cuja atividade tinha a sanção direta e indireta das mais altas autoridades".
De acordo com o historiador Nicolau Sevcenko, o imperialismo representou"(...)um avanço acelerado sobre as sociedades tradicionais, de economia agrícola, que se viram tomadas rapidamente pelos rítmos mais dinâmicos da industrialização europeia, norte americana e, em breve japonesa. Não bastava entretanto, às potências incorporar essas novas áreas às suas possessões territoriais; era necessário transformar o modo de vida das sociedades tradicionais, de modo a introduzir-lhes os hábitos e práticas de produção e consumo conformes ao novo padrão da economia de base científico-tecnológica. Foram essas tentativas de mudar as sociedades, sua culturas e costumes seculares, que desestabilizaram suas estruturas tradicionais, causando uma série de revoltas, levantes e guerras regionais contra o invasor europeu e seus aliados locais, entre a metade do século 19 e o início do século 20".
A partilha da África e da Ásia acentuou as rivalidades entre as potências econômicas da época, constituindo uma das causas da primeira guerra mundial(1914-1918).Além disso, representou o massacre cultural dos povos colonizados, a exploração desmedida dos recursos naturais e o esfacelamento dos governos locais.
Fontes: A Era dos Impérios/Eric j. Hobsbawm; Coleção Navegando pela Hitória; A dominação ocidental na Ásia do século 15 aos nossos dias/K. M. Panikkar



sexta-feira, 21 de agosto de 2009

ESPECTREMAN

Esse seriado era muito louco! Ele falava da contaminação do meio ambiente feita pelas industrias nas grandes cidades, no caso Tóquio, através de lixos tóxicos e radioativos. E por causa de todo esse lixo, todas as criaturas sofriam mutações horríveis virando um monstro gigantesco. Mas não tema pelas nossas cagadas ambientais, chegava sempre o paladino da justiça o Espectreman para nos salvar.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

MINA DO CHICO REI OURO PRETO (MG)


Essa era a situação dos escravos no período do ouro no Brasil, entrava na mina antes do sol nascer, e sai quando anoitecia. Não sabia o que acontecia na superfície. se estava chovendo, fazendo frio ou calor. Sem contar que não era bonitinho assim como vocês estão vendo com luz elétrica, mas iluminado com tochas que no caso deveria deixar o clima muito mais claustrofóbico, bem diferente das versões romãnticas dos livros de história.