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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL


A Revolução industrial consolidou o sistema capitalista. Diversos fatores contribuíram para a Inglaterra nesse processo, sobre tudo a acumulação de capitais ocorrida entre os séculos 16 e 18.

Nessa época a Coroa britânica estimulava o ataque de corsários (piratas legalizados) às embarcações espanholas carregadas de metais preciosos, o que constituía importante fonte de riquezas.

A assinatura do Tratado de Methuen (conhecido por Tratado de Panos e Vinhos) com Portugal em 1703 também contribuiu para acumulação primitiva de capitais por parte da Inglaterra. De acordo com esse tratado os ingleses forneciam tecidos a Portugal, que pagava com ouro extraído de Minas Gerais. Todo o lucro obtido com essas exportações foi investido na indústria.

Outros fatores que geraram capitais foram a exploração colonial, a produção de manufaturados e as práticas protecionistas, como cobrança de impostos alfandegários sobre produtos importados.

Enriquecida a burguesia inglesa conquistou mais poder político, principalmente após a Revolução Gloriosa, que lhe garantiu participação no Parlamento. Para defender seus interesses, era adepta do liberalismo econômico, conjunto de práticas que estimulavam a livre concorrência, e a não interferência do Estado na economia.

A ORIGEM DA MÃO-DE-OBRA INDUSTRIAL: No século 17, o governo inglês realizou os cercamentos. Os novos donos das antigas terras comunais utilizaram-nas para criar ovelhas, atividade que exigia menos trabalhadores do que a agricultura. Pode-se afirmar, portanto, que os cercamentos o desemprego no campo e o êxodo rural.

As massas de desempregados enfrentavam duras condições de vida e leis que recomendavam severas punições aos que fossem apanhados mendigando pelas estradas, acusados de vadiagem, deveriam ser marcados com ferro em brasa ou chicoteados. Com a crescente industrialização do século 18, parte desses desempregados foi absorvida como mão-de-obra assalariada nas fábricas. O filósofo alemão Karl Marx, na obra O Capital, assim descreve as consequências sociais dos cercamentos na Inglaterra: "o povo agrícola primeiro foi expropriado da terra à força, expulso das suas casas, lançado para a vagabundagem, e depois chicoteado, marcado com ferro, torturado por leis grotescamente terríveis, até estar disciplinado para o sistema do trabalho assalariado".

Nas cidades, esses trabalhadores foram constituindo uma nova camada social, o proletáriado, submetida à exploração da burguesia industrial (camada que detinha o capital, as máquinas e as matérias-primas).

Capitalistas x proletários, novas relações sociais: Até a Revolução Industrial, o sistema produtivo era baseado no artesanato doméstico e na manufatura. Nas atividades artesanais, o próprio dono das matérias-primas e das ferramentas de trabalho realiza todas etapas da produção; um tecelão por exemplo, criava e tosquiava suas ovelhas, tecia e tingia a lã, confeccionava mantas e casacos. O preço do produto era determinado por ele, a partir de sua habilidade no ofício, o tempo gasto na produção e do domínio das técnicas.

Com o objetivo de baratear e aumentar a produção, alguns burgueses investiram seu capital em outra maneira de produzir a manufatura.Agora os artesãos de um mesmo ofício passavam a trabalhar para o dono da manufatura, um capitalista, que ficava com a maior parte dos lucros. Cada trabalhador exercia uma tarefa na produção, ou seja, passou a haver a Divisão do Trabalho.

Com a Revolução Industrial, as relações de produção se transformaram. Consolidou-se o trabalho assalariado e aprofundaram-se as desigualdades sociais. O proletariado, composto de ex-camponeses e ex-artesãos, não tinham alternativa senão vender sua força de trabalho à burguesia capitalista, proprietária das fábricas, das matérias-primas, das máquinas e da produção.

Como havia muitos desempregados nas cidades, os capitalistas impuseram condições desumanas. As jornadas de trabalho variavam entre 14 e 16 horas por dia; as instalações das fábricas, mal iluminadas e pouco ventiladas, ficavam praticamente ocupadas pelo maquinário, sem espaço para circulação. O manuseio das máquinas exigia muita atenção, qualquer descuido poderia resultar em graves acidentes, como a mão decepada no tear, o braço esmagado na prensa ou o rosto queimado na fornalha.

Os patrões preferiam empregar mulheres e crianças porque, além de receber salário menor que os homens, tinham mais facilidade para se movimentar nos poucos espaços livres entre as máquinas.

Nas minas de carvão, os mineiros trabalhavam por longos períodos e recebiam baixos salários.Estavam sujeitos a soterramento, a doenças respiratórias por falta de ventilação e por causa da umidade nas galerias subterrâneas.

Assista agora um trecho do filme Germinal, dirigido por Émile Zola que faz uma representação muito boa, sobre as condições de vida dos mineradores na França no período da Revolução Industrial

Fontes: Hitória da riqueza do homen/Leo Huberman; Coleção navegando pela História; O nascimento das fábricas /Edgar de Decca


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