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domingo, 12 de dezembro de 2010

Vida após a morte


Cemitérios de São Paulo viram pontos turísticos e são registrados em livro.

A terra da garoa tem muitos museus, mas poucos turistas conseguem visitar em um só lugar referências a Tarsila do Amaral, Campos Sales, Monteiro Lobato e marquesa de Santos. Para isso, é preciso deixar o medo de lado. Afinal, não é qualquer um que mantém a calma ao entrar em um cemitério. A partir de 2011, a chance de alguém se perder entre os túmulos será menor. Isso porque será lançado um guia com roteiros pelas principais necrópoles paulistanas.

O livro Cemitérios e lugares da morte em São Paulo propõe passeios a pé, com mapas e setas indicando o percurso. Pode ser lido como um guia de turismo, mas com muito mais referências históricas. Segundo a editora Paula Janovitch, os roteiros relacionam os cemitérios com temas como arte e imigração. Já os “lugares da morte” seriam igrejas antigas, onde eram feitos os enterros até meados do século XIX. O primeiro cemitério público, chamado Consolação, só foi construído em 1858.

Para Eduardo Rezende, presidente da Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais (Abec) e dono da Editora Necrópolis, o Cemitério Consolação é o mais indicado tanto para se visitar a última morada de personalidades históricas como para apreciar a arte tumular. O mausoléu da família Matarazzo, com 20 metros de altura, é campeão de visitas. Outros eventos, digamos, inusitados aconteceram por ali. “Pagu e Oswald de Andrade se casaram, em 1930, em frente ao túmulo do pai dele”, afirma Rezende.

Perto do Consolação, os cemitérios Araçá e São Paulo completam o circuito turístico básico. No Araçá, segunda necrópole pública da cidade, está enterrada Francisca Júlia (1871-1920), uma das primeiras poetisas do país. A estátua que enfeita hoje o túmulo é uma cópia da original, em mármore carrara, esculpida por Victor Brecheret. A obra foi transferida em 2006 para a Pinacoteca de São Paulo.

Além de Brecheret, outros artistas de sangue italiano se destacaram na arte tumular. Segundo a historiadora Eloína Ribeiro, Eugênio Prati, Galileo Emendabili e Antello Del Debbio chegaram a montar ateliês em frente ao Cemitério São Paulo. Eles se mudaram para a cidade na década de 1920, quando foram construídos os primeiros grandes monumentos funerários. A maioria das obras era feita para imigrantes. “As esculturas geralmente mostram que eles tiveram sucesso no Brasil, tornando-se comerciantes e industriais”, diz a historiadora.

Eloína escreveu um dos roteiros sobre as necrópoles da cidade, mas se limitou ao Cemitério São Paulo. Ali está a maioria das obras feitas por ítalo-brasileiros, sua especialidade. Com ela, Paula e Rezende formam um time crescente de admiradores de “lugares da morte”. Apesar de ainda haver muito preconceito, eles garantem: quem vai a um cemitério sempre acaba voltando depois.





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